Eu assumo - sou uma perfeccionista. E não, isso não é uma qualidade. É um defeito gravíssimo, capaz de me fazer ficar remoendo enquanto saio de casa se deixei de fazer alguma coisa e voltar pra olhar, ou então sair do trabalho e ficar no ônibus pensando se não esqueci de desligar o computador, se arrumei a mesa, se fiz tudo certo em todos os projetos. É um defeito que tira o sono, me causa dores de estômago, enxaqueca e enjoos, de pura ansiedade.
Mas por outro lado, eu não sou perfeita. Ninguém é. O que torna meu perfeccionismo realmente estúpido, se eu for pensar nisso. Mas geralmente não penso, quando estou no que eu chamo - gentilmente - de surtos perfeccionistas. Claro que parece um sinal de aplicação reler cinco vezes o texto que você escreveu num e-mail para o colega ou num projeto em que está trabalhando. Mas na verdade é um sinal de insegurança, e extremamente desgastante. No fim de um desses dias, posso dizer que estou mais cansada que um trabalhador braçal, mesmo tendo passado o dia sentadinha diante de um teclado num ritmo relativamente calmo de trabalho, ao menos mais calmo que o ritmo de empregos anteriores.
E aí eu fico pensando porque temos essa busca pela perfeição. E porque geralmente elegemos um campo da vida para ser mais surtados. Eu, por exemplo, admito e fico em paz com o fato de que eu não tenho a aparência das modelos das capas de revista (aliás, nem elas tem, mas isso é assunto pra um outro post, num outro dia). Abracei o fato de que eu sou, sim, baixinha, estou acima do peso, e meus cabelos não são lisos. Aceitei a minha miopia, e não faço questão de lentes de contato, pelo contrário, prefiro mil vezes meus óculos - afinal, desde os dez anos que tenho "quatro olhos", e nunca me importei. Aceitei o fato de que sou esquecida e desajeitada no dia-a-dia, embora na vida profissional não seja assim. Aceitei tudo isso porque realmente não me incomoda. Se eu tento perder os quilos extras, é pela minha saúde, e não porque eu preciso ver meus ossos no espelho (Deus me livre!).
Mas basta eu ter que desempenhar uma tarefa, ou fazer qualquer coisa que dependa da aprovação alheia, e ele aparece. Medo. Palpitações. Insônia até, às vezes. Já cheguei a precisar de medicação para minha ansiedade. Coisa que eu não recomendo para ninguém, aliás. Foi a pior época da minha vida, ou estava dormindo ou me sentindo como um zumbi dormente. Prefiro o surto.
E o engraçado é isso. Eu comecei falando que não sou perfeita e agora estou aqui falando de perfeccionismo. Mas a verdade é que eu diria que é, sim, o meu pior defeito, apesar de isso soar como clichê de entrevista de emprego. Claro que tenho muitos outros defeitos, nem contabilizo porque senão iria passar o dia aqui digitando. Mas o que eu queria dizer é que a gente bem que pode relaxar um pouco esse controle. Quando pensarmos em ser perfeitos, fazer tudo certo e ser aprovados pelos outros, pensemos em duas coisinhas:
Mas por outro lado, eu não sou perfeita. Ninguém é. O que torna meu perfeccionismo realmente estúpido, se eu for pensar nisso. Mas geralmente não penso, quando estou no que eu chamo - gentilmente - de surtos perfeccionistas. Claro que parece um sinal de aplicação reler cinco vezes o texto que você escreveu num e-mail para o colega ou num projeto em que está trabalhando. Mas na verdade é um sinal de insegurança, e extremamente desgastante. No fim de um desses dias, posso dizer que estou mais cansada que um trabalhador braçal, mesmo tendo passado o dia sentadinha diante de um teclado num ritmo relativamente calmo de trabalho, ao menos mais calmo que o ritmo de empregos anteriores.
E aí eu fico pensando porque temos essa busca pela perfeição. E porque geralmente elegemos um campo da vida para ser mais surtados. Eu, por exemplo, admito e fico em paz com o fato de que eu não tenho a aparência das modelos das capas de revista (aliás, nem elas tem, mas isso é assunto pra um outro post, num outro dia). Abracei o fato de que eu sou, sim, baixinha, estou acima do peso, e meus cabelos não são lisos. Aceitei a minha miopia, e não faço questão de lentes de contato, pelo contrário, prefiro mil vezes meus óculos - afinal, desde os dez anos que tenho "quatro olhos", e nunca me importei. Aceitei o fato de que sou esquecida e desajeitada no dia-a-dia, embora na vida profissional não seja assim. Aceitei tudo isso porque realmente não me incomoda. Se eu tento perder os quilos extras, é pela minha saúde, e não porque eu preciso ver meus ossos no espelho (Deus me livre!).
Mas basta eu ter que desempenhar uma tarefa, ou fazer qualquer coisa que dependa da aprovação alheia, e ele aparece. Medo. Palpitações. Insônia até, às vezes. Já cheguei a precisar de medicação para minha ansiedade. Coisa que eu não recomendo para ninguém, aliás. Foi a pior época da minha vida, ou estava dormindo ou me sentindo como um zumbi dormente. Prefiro o surto.
E o engraçado é isso. Eu comecei falando que não sou perfeita e agora estou aqui falando de perfeccionismo. Mas a verdade é que eu diria que é, sim, o meu pior defeito, apesar de isso soar como clichê de entrevista de emprego. Claro que tenho muitos outros defeitos, nem contabilizo porque senão iria passar o dia aqui digitando. Mas o que eu queria dizer é que a gente bem que pode relaxar um pouco esse controle. Quando pensarmos em ser perfeitos, fazer tudo certo e ser aprovados pelos outros, pensemos em duas coisinhas:
1- Você não é perfeito(a), não importa o quanto tente. Você vai errar. Você não vai ser a mãe/pai perfeita(o), nem o funcionário perfeito, o aluno perfeito, ou perfeito em qualquer outra coisa que você faça. A menos, é claro, que você faça SÓ isso na vida. Mas será que vale a pena?
2- As pessoas não estão tão preocupadas assim com isso. Nem mesmo a pessoa cuja aprovação você está buscando desesperadamente? Sabe por quê? Porque elas também não são perfeitas, também erram e pisam na bola. Então, a menos que o seu erro seja catastrófico, como quebrar o vaso de cristal da sua mãe, respire fundo, relaxe e comece a corrigir. Você fará um trabalho muito melhor assim. Ok?
Beijos!