quinta-feira, 16 de junho de 2011

Lixo no chão e a educação (ou falta dela) do carioca

Bom dia!

Hoje resolvi sair da cama para um post matinal (ok, eu não estava na cama, claro, mas enfim).

Assim que desci do ônibus para trabalhar, a primeira coisa com que me deparei foram guardanapos, sachês de mostarda e canudinhos na rua. Deprimente, não é? Não é sempre que a gente pode descer do ônibus e topar com um cara cantando "O trem das onze" (já aconteceu).

Pois é, a visão deprimente logo de manhã me fez pensar, e pensando comecei a caminhada até o trabalho.

Estava pensando em como nós, cariocas, infelizmente somos porquinhos nesse sentido. Para mim é uma coisa meio "nonsense". A gente toma banho, escova os dentes, sai de casa limpinha e cheirosinha, mas de que adianta isso tudo se for jogar lixo no chão da rua?

De nada, na minha opinião. E aí, da consequência a gente passa à causa. Para mim, é uma só. Falta de educação. Sim, isso mesmo. Não estou falando do tipo "fazer isso é falta de educação", e sim do tipo "essas pessoas não receberam educação".

Por que eu digo isso? Porque eu vejo. Em mim e nos outros. Sabem por que eu não jogo lixo no chão? Porque minha mãe me disse pra não fazer, certo? Errado! Porque eu nunca vi a minha mãe ou o meu pai jogando lixo no chão. Educação de criança é exemplo dos pais, não palavras. Palavras não valem de nada se não forem reforçadas pelo exemplo. É claro que a minha mãe me disse pra não fazer. Mas não foi só isso.

E hoje, o que eu vejo? O contrário. Outro dia estava andando na rua e tinha um menininho de seus três anos com uma embalagem de picolé na mão, a alguns passos de uma lixeira. O menino fez menção de ir até a lixeira, e a mãe simplesmente falou o seguinte: "Joga no chão, filho". O que esse menino está aprendendo? Que não tem problema jogar lixo no chão.

Aí, ele fica como uma menina que eu vi no ônibus uma vez, voltando da Barra. A moça em questão entrou no ônibus e ficou de pé ao meu lado. Enquanto o ônibus rodava, ela abriu a mochila e começou a jogar coisas pela janela do ônibus. Coisas como uma garrafinha plástica vazia, embalagens de biscoito, etc. Não que jogar algo menor justificasse. Mas além de sujo e irresponsável, ainda há que se pensar no risco a que os motoristas estão expostos. Imagina?

Aí o que eu posso dizer? Que a culpa é dela? Sim, claro, porque não era uma criança. Mas muito provavelmente já foi um dia. E quando foi, será que a mãe dela não disse algo como "joga no chão, filhinha" quando ela estava com algum lixinho na mão?

Bom, termino por aqui, com a teoria de que a sujeira lamentável da nossa cidade é culpa dos pais cariocas que não ensinam seus filhos que lugar de lixo é na lixeira não só em casa, mas também - e principalmente - na rua. Se vocês, pais que me leem, ensinam isso aos seus filhos, parabéns. Vocês estão contribuindo para que a cidade continue maravilhosa.

Beijos!